Rankings escolares: “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”

José Verdasca

Resumo


O presente artigo parte da problemática dos rankings escolares e explora metodologias e linhas de trabalho com o objetivo de apurar e analisar perfis de desempenho das escolas, medido atra- vés das taxas de conclusão do 9o ano. A análise dos dados é realizada com recurso ao método ‘árvores de decisão’, tendo por base uma amostra de 979 escolas, das quais se obteve informa- ção relativamente a onze variáveis do contexto extraescolar e intraescolar e às taxas de conclu- são de 9o ano em 2010/11. Os resultados obtidos segmentam as escolas pela região, pela média do número de anos de escolaridade das mães, pela densidade de mães ligadas a profissões de elevado status social, pela densidade de frequência de alunos economicamente carenciados, reavivando o debate em torno, por um lado, de uma certa revivificação das perspetivas da reprodução social e cultural e, por outro, da recusa à rendição a cenários onde o conformismo e o fatalismo têm acolhimento incondicional como se tudo estivesse à partida predestinado e nada pudesse afetar o rumo das coisas. Daí a necessidade e importância de repensar métodos e redefinir critérios na construção e divulgação de rankings escolares que projetem a qualidade do desempenho das escolas alicerçada no desafio da universalidade escolar sucedida e nos princípios da diversidade, equidade e justiça educativas. 


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