INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PREVENTIVAS DA CONTENÇÃO MECÂNICA NA PESSOA EM SITUAÇÃO CRÍTICA

Flávio Renato Alves, Liliana Pereira, Adriano Pedro

Resumo


Contexto: A contenção mecânica está entre os métodos de restrição mais utilizados em unidades de cuidados intensivos. Intervenções não farmacológicas e farmacológicas centradas na pessoa devem ser usadas sempre que possível para prevenir ou reduzir a contenção mecânica e melhorar os cuidados de enfermagem. Objetivo: Identificação das intervenções preventivas da contenção mecânica na pessoa em situação crítica. Metodologia: A presente Scoping Review seguiu as recomendações da Joanna Briggs Institute. Ao longo das últimas duas semanas de setembro de 2023 foi realizado uma pesquisa online, nas plataformas PubMed® e na ScienceDirect, utilizando como descritores “Physical Restraint”, “critical care”, “Nursing care”, “Adult”, previamente validados na Medical Subject Heading [MeSH] e nos Descritores em Ciências da Saúde [DeCS], com um intervalo de tempo de 2019 a 2023. Os critérios de inclusão foram, artigos escritos em idioma inglês, português e espanhol, que disponibilizassem o texto integral com acesso livre. Foram excluídos os artigos que não respondessem à questão inicial, artigos sem texto completo, duplicados e com idade inferior a 18 anos. Resultado: 12 estudos foram incluídos para realizar a Scoping Review permitindo elaborar intervenções não farmacológicas e farmacológicas para prevenir o uso de contenção mecânica na pessoa em situação crítica. Conclusão: Os enfermeiros de unidades de cuidados intensivos enfrentam diferentes desafios organizacionais. As intervenções farmacológicas e não farmacológicas têm o potencial de prevenir e reduzir o uso da contenção mecânica. No entanto, há uma carência de diretrizes padronizadas e baseadas em evidência para as equipas multidisciplinares. É necessário no futuro realizar mais pesquisas sobre as intervenções e posteriormente elaboração de diretrizes globalmente. Palavras-chave: Adulto; Contenção Física; Cuidados de Enfermagem; Cuidados Intensivos


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DOI: http://dx.doi.org/10.60468/r.riase.2024.10(01).655.44-68

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