Envelhecer com Esquizofrenia

Ana Clara Pica Nunes

Resumo


A esquizofrenia, perturbação grave, com curso variável e heterogéneo constitui uma perturbação com múltiplas facetas no que se refere à etiologia, fenomenologia, curso e tratamento, sendo que a mais comum é a tendência para a cronicidade e disfuncionalidade (Chinchilla, 2008). O facto de se tratar de uma patologia com curso muito variável e, logo, com repercussões aos diferentes níveis confronta-nos com a necessidade de compreender melhor as repercussões da doença ao longo do processo de envelhecimento. Dadas as diferenças já conhecidas entre indivíduos jovens e idosos com esquizofrenia (Mausbach et al., 2008) importa investigar e compreender melhor os efeitos da passagem do tempo nas pessoas com esquizofrenia. Foram aplicados questionários a 64 indivíduos com esquizofrenia. A metodologia de análise e de tratamento dos dados foi a análise estatística, na sequência da construção da base de dados no Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS Statistics 21). A partir daqui foi desencadeada toda a análise estatística descritiva. Os resultados não apontam para a deterioração cognitiva e disfuncionalidade. O facto de se tratar de indivíduos casados, com filhos, a viverem na comunidade pode justificar a evolução ou curso favorável da doença. Estas evidências apontam para a necessidade das pessoas com esquizofrenia se manterem na comunidade, com suporte e apoio familiar e social.
Descritores: Envelhecimento; esquizofrenia; repercussões

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DOI: http://dx.doi.org/10.24902/r.riase.2015.1(1).89

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