Zones à défendre. Les terres agricoles au cœur des luttes écologiques
Resumo
Abstract
Since the late 2010s, local conflicts have been breaking out across France and Europe, with a common demand: the defence of agricultural land. Residents, farmers, citizens' groups and community activists are mobilising against urban development projects, infrastructure projects, commercial zones and business parks, and are calling into question land-use planning policies in the name of preserving biodiversity and adapting to climate change. This article presents the results of qualitative sociological research into conflicts over the protection of agricultural land in south-eastern France. We show how alliances between local residents, 'peasant farming' networks, citizens' groups and environmentalist associations are being built up at local level in a 'territorialised' militant dynamic that is driving social change. Indeed, these mobilisations are not just about defending agriculture, but also about alternative development projects that involve occupying sites, following the example of the Zones A Défendre (ZAD) movement. The current defence of agricultural land is one of the central components of the revival of environmental protest, which, through the deployment of alternative local experiments, is the bearer of a transformative utopia.
Key words: farmland, utopias, environmental protest, climate change, metropolisation.
Resumo
Desde o final dos anos 2010, os conflitos locais têm vindo a deflagrar por toda a França e Europa, com uma exigência comum: a defesa das terras agrícolas. Moradores, agricultores, grupos de cidadãos e ativistas associativos são mobilizados contra projetos de urbanização, infraestruturas, zonas ou atividades comerciais, e questionam as escolhas políticas de ordenamento do território em nome da preservação da biodiversidade e da adaptação às alterações climáticas. Neste artigo, apresentamos os resultados de uma investigação sociológica qualitativa sobre os conflitos para a defesa das terras agrícolas no sudeste da França. Mostramos como as alianças entre habitantes, redes de "agricultura camponesa", grupos de cidadãos e associações ambientalistas são construídas a nível local, numa dinâmica militante "territorializada", que são vetores de transformação social. Com efeito, estas mobilizações não se referem apenas à defesa da agricultura, mas também a projetos de desenvolvimento alternativos que envolvem a ocupação de lugares, seguindo o exemplo do movimento “Zones A Défendre “(ZAD). Através da atual defesa das terras agrícolas, uma das componentes centrais do renascimento do protesto ambiental está a ser jogada e expressa, aquela que, através da implantação de experiências alternativas locais, é portadora de uma utopia transformadora.
Palavras-Chave: terras agrícolas, utopias, protestos ambientais, alterações climáticas, metropolização.
Résumé
Depuis la fin des années 2010 éclatent un peu partout en France et en Europe, des conflits locaux qui ont une revendication commune, la défense des terres agricoles. Des habitants, agriculteurs, collectifs citoyens et militants associatifs sont mobilisés contre des projets d’urbanisation, d’infrastructures, de zones commerciales ou d’activités, et remettent en cause les choix politiques d’aménagement du territoire au nom de la préservation de la biodiversité et de l’adaptation au changement climatique. Nous présentons dans cet article les résultats d’une recherche sociologique qualitative sur les conflits pour la défense des terres agricoles dans le sud-est de la France. Nous montrons comment, se construit à l’échelle locale dans une dynamique militante « territorialisée », des alliances entre des habitants, des réseaux de « l’agriculture paysanne », des collectifs citoyens et associations environnementalistes qui sont vectrices de transformations sociales. En effet, ces mobilisations ne relèvent pas seulement de la défense de l’agriculture, mais portent en elles des projets alternatifs de développement qui passent par l’occupation des lieux, à l’instar du mouvement des Zones A Défendre (ZAD). A travers la défense actuelle des terres agricoles se joue et s’exprime une des composantes centrales du renouveau des contestations environnementales, celle qui par le déploiement d’expérimentations alternatives locales, est porteuse d’une utopie transformatrice.
Mots clés: terres agricoles, utopies, contestations environnementales, changement climatique, métropolisation.Texto Completo:
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