A reconstrução do Estado da Guiné-Bissau: uma utopia ou necessidade premente?
Resumo
Tendo em vista a situação clínica do Estado da Guiné-Bissau nas últimas décadas, devido às sucessivas crises políticas e institucionais, que têm decorrido ao longo do seu percurso político e democrático, compreende-se que é premente viabilizar espaços de debates. Tudo isso, visando discutir o processo do “parto” que deu princípio ao Estado e, a sua evolução não só política, como também econômica e social. Por conseguinte, objetivando, proporcionar um desenvolvimento esperado com a libertação nacional. Para isso, propõe-se, no presente, fazer uma análise, sincronicamente, da construção e da reconstrução política do país como fundamento necessário rumo a uma Guiné-Bissau autossuficiente. Sendo assim, a recolha, a análise e o ensaio da visão aprimorada propostas neste trabalho acabam por propor, seletivamente, a revisão dos teóricos que trabalharam questões à volta da temática que se pretende realçar – endógenos ou exógenos. Assim, infere-se que o desenvolvimento da Guiné-Bissau pode surtir, compreendendo de modo “estatístico”, principais problemas sociais. Ainda reconhecer que uma análise terapêutica do passado e suas implicações políticas e revolucionárias correntes podem ser um dos caminhos para a transformação sociopolítica e econômica do país.
Texto Completo:
PDFReferências
Appiah, K. A. (1997). Na casa do Meu Pai: A África na filosofia da cultura. Tradução Vera Ribeiro; revisão de tradução Fernando Rosa Ribeiro. Rio de Janeiro: Con-traponto
Augel, J. (1996). Para que Serve o Estado? In: Augel, J. & Cardoso, C. Transição Democrática na Guiné-Bissau e Outros Ensaios (Vol. 10) (pp. 105-120). Instituto Na-cional de Estudos e Pesquisa - INEP: Bissau
Azambuja, D. (2008). Teoria Geral do Estado. 4.ed. (pp. 17-53). São Paulo: Globo
Bellucci, B. (2010). O Estado Na África. Revista Tempo do Mundo, rtm, 2(3 | dez)
Bianchi, A. (26 de março de 2016). O que é um golpe de estado? [Blog] Recuperado de http://blogjunho.com.br/o-que-e-um-golpe-de-estado/
Bonavides, P. (2018). Ciência Política. 25. ed. São Paulo: Malheiros
Bobbio, N. (2013). Liberalismo e democracia (pp. 17-30). Tradução Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Brasili-ense
Cabral, A. (1974). Unidade e Luta. http://www.amilcarcabral.org/livro.pdf>
Monga, C. (2010). Niilismo e Negritude: As Artes de Viver na África (pp. 11-38). Tradução Estela dos Santos Abreu. 1ª ed. São Paulo: Martins Martins Fontes. (Coleção Dialética)
Durkheim, É. (2011). Educação e Sociologia. (Coleção Tex-tos Fundantes de Educação). Tradução de Stephania Matousek. Petrópolis, RJ: Vozes
Fanon, F. (1968). Os Condenados da Terra. Editóra Civiliza-ção Brasileira S. A. Rio de Janeiro
Ferreira, P. M. (2014). “Estados Frágeis” Em á Frica a Inter-venção externa nos Processos de Construção do Estado (sta-tebuilding) e da Paz (Peacebuilding). Tese de doutoramento não publicada. ISCTE-IUL, Lisboa, Portugal. In http://www.pordentrodaafrica.com/wp-con-tent/uploads/2014/11/LIVROTese_EstadosFrageisEmAfrica_FINAL-libre.pdf
Lopes, C. (1987). Transição Histórica na Guiné-Bissau: Do Movimento de Libertação Nacional Ao Estado. “Kacu Martel”, n.º 2.- Grafismo: Luís Rodrigues; Fotocom-posição e Montagem: Gamatipo artes Gráficas, Lda. Lisboa Impressão e Acabamento: Florida Gráfica, Lda
Lopes, C. (2005). Cooperação e Desenvolvimento humano: a agenda emergente para o novo milênio. São Paulo: Editora UNESP
Macamo, E. (n.d.). A Constituição Duma Sociologia Das Soci-edades Africanas (pp. 1-13.). Universidade de Bayreuth, Alemanha, Professor Visitante Na Ufics/Uem
Marx, K. (2013). O Capital: Crítica da Economia Política: o processo de produção de capital (Vols. I) (pp. 113-158). [tradução Rubens Enderle]. São Paulo: Boitempo
Mbembe, A. (2015). Afropolitatismo. Áskesis, 4(2), 68 - 71
Mendy, P. K. (1992). Conquista militar da Guiné : da resistência à "participação" do arquipélago dos Bijagós 1917-1936. In: Soranda: revista de estudos Guineenses, 13, 41- 57
Mendy, P. K. (1993). A Herança Colonial e o Desafio da Integração (pp. 3-37). Dakar
Monteiro, A. O. C. (2011). Guiné Portuguesa Versus Guiné-Bissau: A Luta Da Libertação Nacional E O Projeto De Construção Do Estado Guineense. Litera-tura, cultura e memória negra. Número temático: 226. A Cor das Letras — UEFS, n. 12
Mourão, W. F. (n.d.). Coesão Social E Individualização: Análi-ses E Interpretações Da Obra De Emile Durkheim - Da Di-visão Do Trabalho Social. Faculdade de Ciências e Letras - UNESP - Universidade Estadual Paulista - 14800-901 - Araraquara - SP
Nzongola-Ntalaja, J. (2012). Desafios para a formação de Estados na África. In C. Lopes (org.). Desafios Contem-porâneos da África: O legado de Amílcar Cabral (pp. 107-132). [tradução Roberto Leal/Fundação Amílcar Ca-bral]. São Paulo: Ed. Unesp
N’krumah, K. (2011). O neocolonialismo em África. In M. R. Sanches (org.). Malhas Que Os Impérios Tecem Textos Anticoloniais, Contextos Pós-Coloniais (pp. 287-307). Edições 70, Lda
PAIGC. (1974). História: A Guiné e as Ilhas de Cabo-Verde. (pp. 140-161)
Sucuma, A. (2012). Vi. Breve Histórico Sobre A Construção Do Estado Da Guiné-Bissau (pp. 129-144). Universidade Federal de Pernambuco/PPGCP – UFPE. Brasil
Teixeira, R. J. D. (2015). Cabo-Verde e Guiné-Bissau: as rela-ções entre a sociedade civil e o Estado (pp. 217-403). Reci-fe: ed. Autor
Weber, M. (2012). Economia e a Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. Vol. II. 4. ed. (pp. 517-543). Brasília: Editora Universidade de Brasília
Apontamentos
- Não há apontamentos.
ISSN eletrónico: 2184-2647 | ISSN impresso: 2183-9220 (suspensa a edição impressa)
Revista Indexada no Diretório e Catálogo do Latindex com o Folio n.º 26777
Apoios:
com apoio da FCT/MCTES através do Financiamento Plurianual de Unidades de I&D
Referência UIDB/04647/2020
Com a colaboração técnica dos Serviços de Informática da Universidade de Évora