A PESSOA IDOSA INSTITUCIONALIZADA: AUTOPERCEÇÃO DE SAÚDE

Maria João Correia São José, Ermelinda Caldeira, Teresa Dionísio Mestre

Resumo


Introdução: A nível mundial são notórias as alterações demográficas, como consequência do aumento dos índices de envelhecimento e de longevidade. O envelhecimento assume-se como transversal a todas as regiões do mundo. Em Portugal, as projeções indicam uma duplicação do índice de envelhecimento até ao ano de 2080. Perante as alterações sócioculturais, políticas e económicas, deveras significativas na dinâmica familiar atual, a institucionalização afirma-se como a solução que melhor responde às necessidades da pessoa idosa, que vê a sua dependência e/ou autonomia limitada, não permitindo que permaneça no domicílio. Neste sentido, avaliar a perceção de saúde da pessoa idosa, nomeadamente o bem-estar físico, mental e social poderá viabilizar um conhecimento efetivo das suas necessidades e limitações. Objetivo: Identificar a perceção de saúde dos residentes de uma estrutura residencial para idosos no concelho de Évora. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem quantitativa. Recorreu-se ao inquérito EASY-Care como instrumento de colheita de dados. Este, permite identificar as limitações e necessidades percecionadas. Amostra intencional de 58 pessoas com idade ≥ 65 anos, residentes num lar de idosos do concelho de Évora. Resultados: Média de idades 87,8 anos, maioritariamente mulheres. A autoperceção de saúde foi validada como “razoável” em 36,2%, 20,7% como “fraca” ou “muito boa” e 3,4% como “excelente”. Conclusões: A peceção de saúde da população estudada é evidenciada de forma diminutiva face às alterações a nível físico, cognitivo e social.Descritores: Idoso, Institucionalização, Envelhecimento, Autoperceção, Saúde.


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DOI: http://dx.doi.org/10.24902/r.riase.2021.7(3).520.325-339

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