ESTRATÉGIAS QUE SUPORTAM A INTEGRAÇÃO DE ENFERMEIROS EM UCI: Revisão Sistemática de Evidência de Significado

Ana Sofia Alves Coelho, Adriano Dias Pedro

Resumo


Introdução: A autonomia que os enfermeiros de Cuidados Intensivos detêm no cuidado ao doente crítico, está relacionada com o grande leque de competências que possuem. É essencial desenvolver um programa de integração com estratégias de apoio, suporte e orientação, centradas no desenvolvimento de habilidades e aquisição de competências, que promova a independência e autonomia de novos enfermeiros na transição para uma prática de cuidados segura ao doente crítico. Objetivos: Identificar estratégias que suportem o processo de integração dos novos enfermeiros, no desenvolvimento de competências em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Metodologia: Revisão sistemática de evidência de significado, segundo a estratégia PICo na formulação da questão de investigação e a metodologia de Joanna Briggs Institute. Recorreu-se à biblioteca do conhecimento online, B-On, tendo sido aplicados os limitadores de pesquisa: artigos publicados entre 2018 e 2021; revistos por pares; publicados em revistas académicas; com texto integral em português ou inglês. Resultados: Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados sete artigos, de natureza qualitativa, que identificam estratégias que suportam o processo de integração de enfermeiros, no desenvolvimento de competências em UCI. Conclusão: O processo de integração de enfermeiros em UCI deve seguir um programa estruturado baseado nas necessidades de aprendizagem individuais. As estratégias identificadas são: existência de um programa de orientação com recurso a práticas educacionais e de treino; duração necessária e suficiente do período de integração; presença de um mentor dedicado; análise das experiências vividas durante o processo; conhecimento da cultura institucional e do serviço, socialização e apoio da equipa.Palavras-chave: Competências; Enfermeiros; Estratégias; Integração; Unidades de Cuidados Intensivos


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DOI: http://dx.doi.org/10.24902/r.riase.2021.7(2).494.296-319

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